Segurança: Reunião discute assaltos a ônibus

por vca — publicado 23/11/2011 09h12, última modificação 11/03/2016 09h12
03/11/2011

Os recorrentes assaltos a viaturas da empresa União (atuante no município) fez com que autoridades se reunissem na tarde desta quinta-feira (3), na Câmara Municipal, para discutir a questão.

 

O diretor administrativo da Viação União, Ismal Drumond Ferreira, expôs que no momento está ocorrendo uma série de assaltos e que períodos como esses oscilam picos durante o ano, passando meses sem haver nenhuma ocorrência e em contrapartida meses com números exorbitantes.

 

Todo ônibus tem um cofre onde o cobrador deve guardar o máximo de dinheiro possível, ficando apenas com o essencial ao troco.

 

Apesar de muitas viaturas contarem com câmeras de vigilância, segundo o comandante da 97ª Cia Especial da Polícia Militar, Major Almir Cassiano, raramente o autor fica exposto, geralmente usam toucas, dificultando a identificação.

 

O Major também falou a respeito dos cofres, um sistema que existe no país inteiro e que deveria ser efetivamente utilizado. “Nos horários de maior incidência de assaltos, é crucial que o valor nas mãos do cobrador ultrapasse o estipulado”, falou. Ele disse que ter um valor alto  serve como estímulo aos assaltantes, porque irá valer a pena para eles, e o farão novamente. “Motorista e cobrador de lotação, taxista e frentista são alvos por terem sempre um valor em espécie. Na maioria das vezes quem pratica esse tipo de delito são usuários de drogas prezando pela manutenção do vício”, completou o Major, sugerindo que com um valor baixo no ônibus, não compensaria o risco de se praticar um assalto.  

 

Dados apresentados pelo Major apontam que os índices criminais de 2011, até a presente data,  praticamente se igualam aos índices finais do ano passado.  Outra informação, importante, é que a única cidade de Minas Gerais que tem uma Universidade Federal e não possuiu um Batalhão de Polícia, é Viçosa.

 

Ismal disse que os motoristas e cobradores recebem mensalmente um treinamento, para saber se portar em situações de risco. O Major completou dizendo que a perda maior não é a financeira, é a segurança que fica fragilizada, a perda da vida que pode ocorrer, o risco e a exposição do motorista, cobrador e passageiros, “algo que não tem como se medir em questão de valores”, segundo o mesmo.

 

O vereador Luís Eduardo Salgado (PDT), vice-presidente da Câmara, quem pediu a reunião,  falou sobre o problema das drogas que o município vem enfrentando e como isso tem contribuído para o aumento da criminalidade. “Não é só Viçosa que sofre com esses males, os crimes praticados por menores estão cada vez mais recorrentes.

 

Devemos buscar ajuda de pessoas que possuem relação com a cidade e queiram ajudar.”

 

Também participaram da reunião a vereadora Cristina Fontes, o vereador Antônio Elias Cardoso; o presidente da Associação do bairro Nova Viçosa, Geraldo de Castro; e o Secretário de Trânsito e Segurança Pública, Luiz Carlos D’Antonino.