Crack: Câmara sedia Seminário de enfrentamento e combate

por vca — publicado 04/04/2012 16h50, última modificação 11/03/2016 09h09
30/03/2012

30/03/2012 Crack: Câmara sedia Seminário de enfrentamento e combate.

A Câmara Municipal de Viçosa foi palco do Seminário de Enfrentamento ao Crack e outras drogas na última sexta-feira (30). O evento reuniu autoridades e membros da sociedade civil para discutir políticas públicas para enfrentamento e prevenção as drogas.

O presidente do Conselho Municipal de Segurança Pública (Consep), César Vieira salientou a importância de políticas públicas em Viçosa para o enfretamento as drogas. “Precisamos de políticas de combate e dar opções de vida e lazer a nossa comunidade”.

O comandante da 97ª Cia Especial da Polícia Militar, Major Almir Cassiano, ressaltou a rápida comercialização e dependência química do crack, além do grande problema de segurança pública. “O crack por ser uma droga de fácil consumo, além de produzir uma rápida sensação de prazer e ter uma facilidade de comércio, ele cria no dependente uma necessidade de manter o vício sobre qualquer situação, o que leva o usuário a praticar pequenos furtos e roubos, além de ser um problema social, é também de segurança pública”.

Almir defendeu que há uma necessidade de implantação de uma política de acolhimento, além da conscientização dos jovens de não entrar nas drogas. “A Polícia desenvolve o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) que busca manter os jovens longe das drogas”.   

O deputado federal Reginaldo Lopes, que preside a Comissão Especial de Políticas Públicas sobre o Crack e Outras Drogas, ministrou uma palestra expondo o problema do crack. Ele explicou que é necessária uma política pública urgente para o crack. “Nenhuma outra droga tem o poder de destruição igual, que dá de cinco a 10 minutos de prazer e provoca depressão imediata. E leva ao cérebro um comando para usar novamente. Se engana quem diz que crack é para pobre”, ressaltou.

O parlamentar destacou que “é muito difícil refazer danos ao usuário de crack, a única saída é abstinência. Para se tratar um depende químico você precisa tratar em três pontos: prevenção, acolhimento e tratamento; reinserção e requalificação”.

Reginaldo Lopes explanou o fato de que no país não existe uma Política Pública de Combate às Drogas. “Precisamos melhorar nesse aspecto, nossa intenção é envolver os educadores e os Agentes de Saúde nesse processo. É necessária que seja formada uma frente de combate as drogas”, afirmou.

“A reinserção e a requalificação do dependente químico é o ponto mais importante do tratamento, visto que ele será ‘devolvido’ a sociedade, dessa maneira ele precisa de apoio médico, psicológico, social e espiritual, sendo preciso estabelecer uma política nesse sentido, pois realmente não é fácil a abstinência”, observou.

Ao final, membros da sociedade civil e os presentes fizeram questionamentos e pontuações, que foram debatidas e respondidas pelos parlamentares membros da Comissão Especial de Enfrentamento ao Crack.

Além dos já citados, o Seminário contou com a presença, do Deputado Estadual, e Presidente da Comissão Especial de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, da ALMG, Paulo Lamac; o Vice- Presidente da Casa, Luís Eduardo Salgado (PDT); a Vice-Presidente do Consep, e representante da Câmara junto ao Conselho Municipal Antidrogas (Comad), Vereadora Cristina Fontes (PMDB); o Defensor Público de Viçosa, Glauco Rodrigues; a Presidente do Comad, Eva Inês do Carmo; e o Investigador de Polícia, Marcelo Mascarenhas.