Falta de água na cidade volta a ser debatida na Câmara

por vca — publicado 10/10/2012 15h47, última modificação 11/03/2016 09h09
17/09/2012

 

A falta de água em Viçosa tem sido assunto recorrente na Câmara Municipal de Viçosa. Na reunião ordinária desta segunda-feira (17), o morador do bairro de Ramos, José Dermeval fez uso da tribuna para tratar sobre este problema no citado bairro e na cidade em geral.

“A falta de água é um problema que está em evidência e afeta a todos. Entendemos que é preciso considerar duas situações: uma corretiva, para resolver o problema que já está ocorrendo e a outra preditiva”, comentou o morador.

Com relação às medidas corretivas, José Dermeval salientou que a equipe do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) deixou evidente que a solução imediata depende da substituição das tubulações das redes de distribuição de água, que atualmente são de duas polegadas; da instalação de um fluxostato para monitorar e ajustar automaticamente a vazão de água na rede de forma que o abastecimento seja feito durante 24 horas por dia; e de um grande reservatório na parte mais alta do bairro para complementar o abastecimento.

“Fomos informados que a Prefeitura já solicitou ao SAAE que nomeie uma comissão para avaliar as condições de um terreno para a instalação do reservatório. A compra desse terreno é fundamental para resolver o problema que estamos enfrentando e pedimos o apoio, empenho e compreensão de vocês”, destacou José.

Ele ainda ressaltou a importância dos representantes políticos aliados aos técnicos capacitados para resolverem o problema com medidas preventivas. “Viçosa não pode apenas depender das águas da Violeira e do Ribeirão São Bartolomeu para atender a demanda que cresce diariamente. É preciso buscar um terceiro manancial, com urgência, para suprir as necessidades da comunidade”.

E completou: “todas as vezes que encostas são cimentadas, como está acontecendo na Bacia do São Bartolomeu; que obras semelhantes à do mineroduto são executadas, aumentam-se as chances de contaminação da água e diminui-se a área de infiltração. Pedimos a todos, o máximo de empenho na busca de soluções urgente, viáveis e ecologicamente corretas”, finalizou José Dermeval.

Os vereadores comentaram sobre o assunto. A Vereadora Cristina Fontes (PMDB) destacou que o crescimento acelerado acarretou na falta de água na parte alta da cidade, e agora também na região central. “A questão da água precisa ser olhada com atenção. É necessário um planejamento, precisamos buscar recursos para a construção da nossa Estação de Tratamento de Água III (ETA). Eu ainda sugiro que seja feito um documento assinado por todos os vereadores, solicitando a aquisição do terreno, se a orientação técnica é essa, que se faça isso, para que providências sejam tomadas”.

O Vereador Ângelo Chequer (PMDB) completou: “a reclamação sobre a falta de água é constante. Temos que convocar o SAAE para fazer um planejamento de curto, médio e longo prazo, afim de que se tomem medidas preventivas. A construção da ETA III é essencial para nossa cidade”.