Situação dos educadores físicos durante Pandemia é tema de Tribuna

por Assessoria de Comunicação última modificação 04/06/2020 09h12

Durante a reunião Ordinária desta terça-feira (02), o Educador Físico Ludimar Paulo Pereira fez uso da Tribuna Livre para representar cerca de 400 profissionais de Educação Física do Município, os quais estão há quase 3 meses impossibilitados de trabalhar, por conta do fechamento de academias e studios, a partir do decreto da Prefeitura Municipal sobre a COVID-19. Ludimar afirma que a classe organizou um protocolo de reabertura de tais estabelecimentos, com medidas de segurança sanitária, o qual foi enviado ao Executivo, mas não houve retorno, visto que o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES-Viçosa) classifica a atividade como sendo de ‘zona roxa’, podendo retornar a ter pleno funcionamento apenas com o fim da pandemia. Ele pede aos parlamentares sugestões para sanar a situação, considerando a inexistência de fonte de renda para tais trabalhadores.

Os vereadores demonstraram compartilhar a visão de que é necessária a intervenção no caso. O Presidente da Casa Legislativa, Vereador Antônio Elias Cardoso (PODE), afirmou que ocorrerá na segunda-feira (08), às 19h, uma reunião contando com a presença do presidente do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES-Viçosa), o presidente da Casa do Empresário de Viçosa e alguns empresários para discutir alternativas de geração de renda e apoio do Poder Público para os setores paralisados durante a pandemia, incluindo academias e autoescolas. Também convidado para a reunião, o Vereador Helder Evangelista (Cherinho) (PSL) afirmou que recebeu pelo menos uma dezena de protocolos para reabertura gradual de áreas profissionais diversas, as quais não obtiveram retorno do Executivo e sua equipe , após terem sido encaminhadas ao devido comitê de saúde para avaliação, impossibilitando adequações.

Em decorrência da pauta levantada, foi discutida amplamente pelos parlamentares a realidade socioeconômica do Município. A Vereadora Brenda Santunioni (Progressistas) destaca que o período de isolamento se estende, ao passo que “o Executivo não está dando a devida atenção às sugestões e demandas apresentadas pela Casa Legislativa”. Em complemento, o Vereador Ronildo Ferreira (DJ Ronny) (PMN) frisa que “logo a necessidade de doações aumentará, já que os recursos são limitados”, e aponta a importância de formular protocolos que permitam certos tipos de trabalho, apesar da existência do vírus no Município. Dando continuidade, o Vereador Idelmino Ronivon (Professor Idelmino) (PCdoB) indicou a classe de trabalhadores informais como grande alvo da não flexibilização, e que, sem a união do Executivo, dando resposta a propostas estratégicas de retorno de atividades, a economia e o sustento da população ficam comprometidos.

Reforçando a necessidade de união entre agentes de combate à COVID-19 em Viçosa, o Vereador Geraldo Luís Andrade (Geraldão) (Avante) inclui a responsabilidade da Universidade Federal de Viçosa (UFV) na formulação de planos econômicos alternativos, por meio dos conhecimentos dos cursos de Economia e Engenharia de Produção, de forma a rever as situações dos negócios empresariais da cidade. Também repetiu discurso sobre a falta que o Executivo tem feito no processo, o qual poderia administrar os gastos com a pandemia de maneira a criar um auxílio emergencial municipal para classes fragilizadas. Em seguida, o Vereador Sávio José (PT) acrescenta que “questões econômicas e empregatícias não são opostas à defesa da vida, e que, mesmo com recursos financeiros reduzidos, é dever do Poder Público garantir meios de sobrevivência e mantimento do isolamento social na medida do possível para quem não pode trabalhar”. Sávio e Geraldão finalizam indicando a dificuldade de acesso ao benefício garantido por lei a microempresas neste momento, sugerindo diálogos entre a classe de empresários e instituições bancárias.


*texto do estagiário Marcelo Zinato sob a supervisão de Mônica Bernardi