Vereador discute em reunião sobre a Vacinação

por Assessoria de Comunicação publicado 01/07/2021 15h40, última modificação 01/07/2021 16h58

Foi realizada na noite da quarta-feira (30/06), no Plenário da Casa Legislativa, uma reunião para prestar esclarecimentos e tirar dúvidas sobre a campanha de imunização em Viçosa. A convite do Vereador Daniel Cabral (PCdoB), que dirigiu os trabalhos durante a sessão, o Secretário Municipal de Saúde, Júlio Cotta, o Coordenador do Setor de Imunizações, Jeferson Viana e o Superintendente da Regional de Saúde de Ponte Nova, Marcus Schitini, ex-Secretário de Saúde de Viçosa, compuseram a mesa dos trabalhos. Os parlamentares Bartomélio Martins (Professor Bartô) (PT), Jamille Gomes (PT), Marly Coelho (PSC), Marco Cardoso (PSDB), Robson Souza (Cidadania) e Sérgio Marota (PSL) também participaram da discussão. Em justificativa, o Vereador Daniel salientou que “o tema da imunização é muito relevante e tem gerado muitas dúvidas na população e em vários outros setores”. 

O Superintendente Marcus Schitini foi o primeiro a apresentar a respeito do cenário da vacinação contra a Covid-19 nos municípios da Regional de Saúde de Ponte Nova (SRS). Marcus fez uma análise matricial das cidades que estão cumprindo efetivamente com o monitoramento da vacinação e Viçosa é uma delas. Segundo ele, “temos que entender que dentro do nosso território temos 30 municípios e as vacinas vêm de forma equânime para esses lugares”. Também foi citado pelo convidado a questão do pleito encaminhado pelo Município à Regional e que está sendo discutido no Plano Nacional de Imunização (PNI), a questão dos indígenas. “No contexto geral, o município de Viçosa, com 35% de cobertura, está na média de toda a microrregião de Saúde da questão da população total”. Com relação ao total acumulado de doses perdidas, Viçosa apresentou 19 perdas. Ainda de acordo com o Superintendente, Viçosa está com um processo acelerado de vacinação tendo em vista o calendário estadual. 

O Coordenador Jeferson Viana iniciou sua fala dizendo que Viçosa conta atualmente com mais de 30 mil pessoas vacinadas com a primeira dose. Ele também divulgou o calendário do restante desta semana e, segundo ele, “na sexta-feira (02/07) pela manhã, serão vacinados os trabalhadores da indústria de 45 a 59 anos e a população geral de 53 anos, já na parte da tarde, serão vacinados os caminhoneiros de 18 a 59 anos e a população geral de 52 anos. No sábado vamos avançar para a população geral com a idade de 51 anos”. Jeferson ainda falou da importância da vacinação desse público de 51 a 60 anos, pois dados mostram que essa faixa etária traz o maior número de óbitos. 

O Secretário Júlio Cotta complementou que a principal informação é que a vacinação está ocorrendo de acordo com o cronograma estabelecido pelo PNI. “A vacina vem do Governo Federal para Belo Horizonte e o Governo Estadual e a Regional de Saúde têm tido muita agilidade na entrega. Essas vacinas vêm carimbadas e existem as notas técnicas. O secretário manifestou que entende o anseio da população pela vacinação, mas reforçou a necessidade de seguir os critérios do quantitativo de doses e do PNI para não perder o controle dessa imunização. 

Abrindo as discussões, o Vereador Daniel questionou acerca da perspectiva da vacinação a partir de agora. “Vocês acreditam que vamos conseguir vacinar toda população adulta até outubro? E outra pergunta, como está a questão dos grupos prioritários? E também a questão da vacinação dos pós-graduandos da UFV”. Marcus Schitini respondeu que “do ponto de vista da Regional, esperamos que a questão do calendário seja cumprida. Já do ponto de vista do Governo Federal, tem um detalhe maior que é a compra das vacinas e os contratos firmados. Não depende somente da Regional e do Município”. Com relação à vacinação dos pós-graduandos da UFV, o Coordenador Jeferson respondeu que “de acordo com o PNI, consideramos a relevância da Ciência e a importância da imunização de todos, mas existem questões relacionadas a solicitação e os pesquisadores citados não entram na estatística do Município como Grupo Prioritário dos trabalhadores da Saúde ou da Educação, logo, a inclusão poderia gerar problemas por falta de doses para esse período específico da campanha”. 

Na oportunidade, a Vereadora Jamille perguntou “por que outros municípios saem do PNI e qual o grau de autonomia do Município para isso? E com relação aos estagiários da Educação, quando eles serão vacinados?”. A vereadora também manifestou que a pandemia veio para mostrar a diversidade de contextos existentes no Brasil e a importância do Poder Público entender isso. O Superintendente Marcus respondeu que “o Município tem o poder da ação de imunizar, mas ele também pode receber as consequências de imunizar errado. Então cada Município é autônomo, mas ele tem que ter a fundamentação técnica e sanitária para tomar decisões”. Com relação à vacinação dos estagiários, o Coordenador Jeferson respondeu que já está sendo alinhado com os coordenadores da Saúde e da Educação. 

No decorrer da reunião, o Vereador Sérgio questionou o motivo pelo qual os vigilantes da UFV foram vacinados e os vigilantes que trabalham em bancos ainda não. Além disso, ele também perguntou a respeito da vacinação dos indígenas não aldeados. O Vereador Robson questionou a respeito dos trabalhadores que perderam o vínculo empregatício e a questão das lactantes. A Vereadora Marly perguntou sobre a vacinação das recepcionistas e auxiliares de veterinários que prestam serviço para a SOVIPA. O Vereador Marco tirou suas dúvidas a respeito do ofício encaminhado para o pleito da Regional. O Vereador Bartomélio questionou sobre a vacinação dos professores das escolas particulares que não tiveram os contratos renovados. 

Saúde 

 

A questão da Saúde também foi comentada no final da reunião. O fechamento do Telessaúde, a falta de médicos e fraldas geriátricas foram alguns pontos levantados. Com relação ao fechamento do Telessaúde, o Secretário Júlio informou que foi uma iniciativa de estagiários e profissionais da UFV, mas será feita uma reforma no local e a universidade não poderá ceder o espaço. O secretário ainda salientou que não haverá exclusão do serviço, mas sim um novo planejamento. Com relação a compra de fralda geriátrica, Júlio disse que vai averiguar a situação. Por fim, no que diz respeito a falta de médicos foi informado pelo secretário que "nós pegamos a administração em uma fase difícil, porque os contratos venceram nos processos seletivos e uma das prioridades que nós temos é ampliar essa cobertura". Júlio ainda falou sobre a  importância do concurso público.


 

*texto da estagiária Laura Fernandes sob a supervisão de Mônica Bernardi