Vereadores discutem sobre Transporte Público e Subsídio

por Assessoria de Comunicação publicado 04/08/2021 16h05, última modificação 04/08/2021 16h38

A questão do transporte público em Viçosa e o subsídio para a empresa Viação União foram amplamente debatidos durante a reunião Ordinária da terça-feira (03). No uso da tribuna livre, o motorista da empresa, Virgílio Ferreira Milagres, levantou o assunto sobre o transporte. Os vereadores retomaram a discussão acerca do subsídio mensal que a empresa União pleiteia e também falaram da situação do transporte no Município. 

Virgílio Milagres é motorista da Viação União há 20 anos e participou da tribuna representando o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Ponte Nova. Segundo ele, “o que tem acontecido na Viação União hoje é de arrepiar. Desde o início da pandemia até hoje, mais de 100 companheiros foram mandados embora de uma empresa até então respeitada aqui no Município, que não está tendo condições de manter o quadro de funcionários." 

Virgílio ainda manifestou que “em conversa com a diretoria da empresa, nós fizemos assembleia para aumento de salário, mas desde 2019 estamos sem aumento.” O motorista ainda falou de uma possível greve e demonstrou sua preocupação com o atraso de pagamento e redução de linhas. “Queria pedir ajuda dessa Casa para tentar negociar com a empresa da melhor forma possível, não sei se com subsídio ou não. E se tiver subsídio, que os vereadores fiscalizem para ajudar a gente nesse trabalho árduo.” 

Na oportunidade, o Vereador Rafael Magalhães (Filho do Zeca do Bar) (PSDB) abriu a questão sobre o projeto, que está para chegar na Casa, sobre o subsídio para a Viação União. De acordo com o vereador, “temos que analisar, porque tem outros comércios que foram prejudicados, assim como serviços de buffet e academias. Subsídio só para uma empresa? Todas foram prejudicadas. Temos sim que olhar para os comércios da cidade, pois esses sim tiveram que fechar as portas, reduzir horários de funcionamento e tiveram um grande prejuízo.” 

O Presidente da Casa, Edenilson Oliveira (PSD) complementou dizendo que “nós estamos falando de uma empresa que tem a concessão há mais de 20 anos e que usufruiu de toda a estrutura física da cidade. Essa atitude precisa ser repensada, pois na minha opinião é uma atitude errônea do Executivo, porque a empresa tem saúde financeira para não mandar nenhum funcionário embora e se sustentar mesmo na pandemia.” 

Os vereadores Robson de Souza (Cidadania), Rogério Fontes (Tistu) (PSL), Bartomélio Martins (Professor Bartô) (PT), Daniel Cabral (PCdoB), Jamille Gomes (PT) e Gilberto Brandão (Avante) se solidarizaram com a manifestação do motorista, concordaram com as falas dos colegas e também questionaram tal subsídio. O Vereador Marco Cardoso (Marcão Paraíso) (PSDB) parabenizou Virgílio pela fala e demonstrou preocupação com o corte de linhas. Já o Vereador Cristiano Gonçalves (Moto Link) (Solidariedade) entrou na questão da política pública de tarifa zero, além dos questionamentos acerca do transporte e subsídio. 

*texto da estagiária Laura Fernandes sob a supervisão de Mônica Bernardi