Vereadores derrubam veto do Executivo ao projeto do Orçamento para 2022

por Assessoria de Comunicação publicado 03/01/2022 10h55, última modificação 03/01/2022 11h14

Foram realizadas na tarde do dia 28 de dezembro de 2021, no Plenário da Casa Legislativa, duas reuniões extraordinárias consecutivas, sem remuneração, com o objetivo de discussão e única votação do Veto Parcial, de autoria do Prefeito Raimundo Nonato (PSD), ao Projeto de Lei nº 047/2021, que estima a receita e fixa a despesa para o ano de 2022. Na 40ª reunião Extraordinária foi feita a leitura do parecer ao Veto e, em seguida, foi realizada a 41ª para discutir e votar a matéria. Após amplo debate, o veto foi derrubado por unanimidade entre os parlamentares. 

Abrindo a discussão, o Vereador Daniel Cabral (PCdoB), Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, esclareceu que teve acesso ao parecer jurídico do Executivo sobre o Veto. Segundo ele, “não há nenhuma inconstitucionalidade nas Emendas Impositivas. Elas são extremamente legítimas e com base no parecer que a Prefeitura enviou, a gente percebe que eles tentaram achar algum argumento para derrubar essas emendas, mas não faz sentido”. O parlamentar ainda se posicionou a favor da derrubada do veto e ressaltou a importância das emendas. 

Dando continuidade, a Vereadora Jamille Gomes (PT) corroborou com a fala do colega e, levando em consideração o parecer do Executivo, questionou se é exigido nas emendas os projetos e estudos técnicos como foi colocado. O Advogado da Casa, Randolpho Martino, esclareceu que “a Emenda Impositiva é obrigatória para ser gasta com tal finalidade, mas ela não tem obrigação de concluir a obra que é prevista, porque a obra tem várias etapas. Então você pode gastar uma emenda com projeto, com aquisição do terreno, e pode ir gastando com aquele fim ali”. O advogado ainda explicou que, no caso das obras, as emendas estão previstas no Plano Plurianual (PPA). 

O Vereador Bartomélio Martins (Professor Bartô) (PT) retomou a votação da Lei Orgânica e salientou que o Executivo teve tempo para se programar e dialogar com o Legislativo. “Entendemos que, na maioria das vezes, o orçamento precisa ter essa transparência de informações e nada mais justo que nós vereadores tenhamos a oportunidade de indicar onde o Executivo deve empenhar”. 

Em seguida, os vereadores Vanja Honorina (PSD) e Gilberto Brandão (Avante) corroboraram com a fala dos colegas e disseram que as Emendas Impositivas foram elaboradas de acordo com os anseios da população. Logo após, o Vereador Marcos Fialho (DEM) recebeu esclarecimentos do Advogado Randolpho acerca das emendas. A pedido do Presidente da Câmara, Vereador Edenilson Oliveira (PSD), o advogado esclareceu ainda que “na Constituição Federal, quando criam-se Emendas Impositivas, é criada previsão sob pena de crime de responsabilidade, julgado pelo Decreto de nº 201”. 

Após as sessões, o Presidente Edenilson esclareceu sobre o repasse feito no valor de 2 milhões de reais da Câmara Municipal ao Poder Executivo. Além disso, os vereadores discutiram as prioridades e demandas que precisam desse investimento, como a ajuda na reconstrução da Praça Mário Del Giudice e a construção de um restaurante popular na cidade. Segundo Edenilson, “nesta gestão foram economizados 2 milhões de reais e nós fizemos o repasse para que o Prefeito possa executar, diante das demandas apontadas por essa Casa Legislativa”. 

*texto da estagiária Laura Fernandes sob a supervisão de Mônica Bernardi