Educação é pauta da Tribuna Livre

por Assessoria de Comunicação publicado 16/03/2022 17h35, última modificação 17/03/2022 15h17

No uso da Tribuna Livre durante a reunião Ordinária da terça-feira (15), Paulo Grossi veio a público dizer sobre a greve deflagrada desde o dia 08 de março na Rede Estadual de Educação de Viçosa, que se estende por Minas Gerais. Segundo Paulo, "a greve é o último recurso, resultado de um quadro grave que assola os trabalhadores e as trabalhadoras da educação em Minas Gerais que vivenciam um período de congelamento salarial de mais de 06 anos, ou seja todas as 08 carreiras da educação recebem hoje, em 2022, o mesmo salário que recebiam em 2017".

Para reforçar a necessidade da greve, Paulo, que é Diretor Estadual do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE) apresentou outros argumentos e ressaltou “a educação sofre um total descaso do Governo Estadual, no qual não há aplicação do Piso Salarial Nacional, uma Lei Federal que trata todo ano de um reajuste automático que deve ser vinculado ao salário dos trabalhadores em educação. Para o professor, em Minas Gerais o piso deveria receber um reajuste de 80% para que haja esse cumprimento da lei, isso sem contar que as ASBs (Auxiliares de Serviço Básico) recebem menos de um salário mínimo atualmente”, reforçou o diretor. 

Ainda na Tribuna Livre, Lucas Zini, Coordenador Geral do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Viçosa (UFV), abordou sobre os atuais cortes que a instituição vem sofrendo nos últimos anos. De acordo com o estudante, "a Universidade teve um corte de quase 7% no orçamento, em 2019 o orçamento foi em torno de 92 milhões de reais, enquanto neste ano de 2022 seria necessário 150 milhões de reais para manter a Universidade aberta até o final do segundo semestre, mas foram repassados 86 milhões". 

Em sua fala, o coordenador salientou que “são 63 milhões de reais que deixaram de ser aplicados na nossa cidade graças aos cortes, são 63 milhões de reais que não vão entrar mais nos cofres públicos de Viçosa, que não vão circular mais no Comércio, e que podem ocasionar novas demissões em massa na Universidade”. Ademais, tanto Paulo quanto Lucas convidaram para a manifestação que ocorreu na tarde na quarta-feira (16) na Praça Silviano Brandão para reivindicar os direitos à educação, que contou tanto com profissionais da educação quanto estudantes.

Moção de Repúdio 


Já no Grande Expediente, o Presidente da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia,  Vereador Bartomélio Martins (Professor Bartô) (PT), apresentou, e teve aprovada, a Moção de Repúdio nº 005/2022 ao descumprimento da Lei que garante o reajuste do salário dos servidores da educação por parte do Governo do Estado de Minas Gerais. Como justificativa, o parlamentar disse que "esta atitude é um descaso com a educação que não pode mais ser tolerada".  


*texto da estagiária Thais Cal sob supervisão de Mônica Bernardi