Problemas da Avenida Castelo Branco são discutidos em Audiência Pública

por Assessoria de Comunicação publicado 13/04/2022 12h25, última modificação 13/04/2022 15h16

Atendendo ao Requerimento nº 010/2022, de autoria do Vereador Daniel Cabral (PCdoB), aconteceu na segunda-feira (11), no Plenário da Casa Legislativa, a Audiência Pública para debater sobre os desafios e problemas da Avenida Marechal Castelo Branco. Como justificativa, Daniel afirmou que a avenida tem sido uma pauta constante na Casa Legislativa, devido aos inúmeros acidentes e irregularidades, e que por isso a audiência seria necessária, para buscar intervir e entender como o Poder Legislativo pode ajudar na resolução dos problemas.

A sessão foi presidida pelo parlamentar e contou com a participação dos vereadores João Januário (Cidadania), Marco Cardoso (PSDB), Marcos Fialho (DEM), Marly Januário (PSC) e Rogério Fontes (PSL). Como convidados estiveram o Professor Leonardo Pedroti, representando a Pró-Reitoria de Administração da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Douglas Ferreira Silva, Diretor do Geoprocessamento, Planejamento e Meio Ambiente do Município de Viçosa (Geoplan) e o atual Diretor de Trânsito de Viçosa, Renaldo de Faria que compuseram a Mesa Diretora da Audiência. Na Mesa Central participaram o Tenente Álvaro do Nascimento representando o Corpo de Bombeiro Militar de Minas Gerais e o atual Secretário Municipal de Administração e Planejamento Estratégico, Luan Campos Monteiro. O ex-Secretário de Obras e Serviços Urbanos, Giuliano Mourão Generoso, da gestão do ex-Prefeito Ângelo Chequer, justificou sua ausência na audiência por intermédio do Vereador Daniel Cabral.

Abrindo as discussões, o Diretor do Geoplan, Douglas Ferreira explicou que no momento existem alguns projetos que estão sendo desenvolvidos em parceria com a UFV como a revisão da distribuição dos semáforos, disposição de ciclofaixas e faixas de pedestres elevadas. Afirmou também, que estão sendo feitos alguns estudos para que próximo a saída alternativa da Universidade seja duplicada a faixa e reorganizada a disposição das rotatórias. Finalizando sua explicação, Douglas falou que o projeto das trincheiras que seria executado foi revisto devido a uma questão orçamentária, e reforçou que os veículos de carga serão remanejados nos próximos dias, além da parceria público privada com a Univiçosa que ajudará na continuação da avenida em direção ao Bairro Silvestre.  

Adiante, o Diretor de Trânsito, Renaldo de Faria, pontuou sobre a fiscalização do trecho e da constância dos acidentes. “No próximo mês, conhecido por ser o Maio Amarelo, que alerta sobre os acidentes de trânsito, nós pretendemos trabalhar algumas campanhas educativas uma vez que percebemos que algumas normas estão sendo infringidas, como a ultrapassagem e o estacionamento de veículos. Então, já que o trecho precisa de uma melhora na infraestrutura é necessário o respeito dos motoristas à sinalização atual”, afirmou o secretário.

Ainda sobre a questão dos acidentes, o Tenente Álvaro do Nascimento, reforçou que a avenida é um dos lugares no qual o Corpo de Bombeiros atende mais ocorrências e reforçou "no Corpo de Bombeiros nós falamos sobre trabalhar com gestão do risco para evitar a gestão do desastre. Então se um local da cidade está acontecendo tantos acidentes em comparação aos outros, alguma coisa está errada. Para resolver teria de fato que ser um trabalho conjunto, para ver quais são as opções para amenizar a situação”. 

Muitas perguntas foram feitas sobre os investimentos e questão orçamentária para a a manutenção e melhora da via, o Secretário Municipal de Administração e Planejamento Estratégico, Luan Campos Monteiro, disse que a Diretran é uma diretoria bem sustentável, e que consegue angariar fundos de algumas maneiras, como o caso das multas. Mas, reforçou falando que a Castelo Branco é uma via muito importante e que para melhorá-la, mesmo com as parcerias, seria investido muito dinheiro. “É importante ressaltar que era um projeto que tinha um custo inicial na casa de 4 milhões, em relação a isso houve a aprovação de um crédito de um empréstimo junto ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) na casa dos três milhões, mas ainda estamos seguindo com a licitação das empresas”. 

Durante a participação popular, a moradora da avenida Débora Meucci, reforçou o caso dos acidentes e pediu para que os poderes Executivo e Legislativo interviessem o mais rápido possível na área, devido às escolas que existem na redondeza e ao bem estar dos moradores. “O que eu peço é uma fiscalização principalmente em horário de pico porque nesses momentos ali vira terra de ninguém. Estacionam como querem e não respeitam quando falamos que não pode estacionar. Eu sei que vai demorar para obra, para executar, mas até lá se vocês puderem reforçar uma fiscalização principalmente no horário de pico e nos finais de semana, durante o horário que o pessoal transita”, afirmou Débora.

Por fim, a Vereadora Marly Januário (PSC), fez reivindicações acerca da causa animal, e pediu que houvesse placas na avenida informando sobre as leis nº 14064 e nº 2689, de âmbito federal e municipal que criminalizam o atropelamento de animais. “É importante conscientizar de quem é a responsabilidade quando atropela esses animais, e as pessoas precisam saber como agir, ao invés de ligar para os protetores elas devem tirar uma foto da placa e denunciar o crime”, afirmou.

Como encaminhamentos ficou sugerido que: o Poder Legislativo cobre mais a questão da fiscalização proposta pelo Executivo, e que o Legislativo acompanhe de perto a proposta dos projetos executados pela UFV (ambos propostos pelo Vereador Daniel Cabral) enquanto o Vereador Marcos Fialho (DEM) pediu para os projetos sejam mostrados em novas audiências públicas, com a participação popular. 

A audiência completa, com as demais exposições dos presentes e participação popular no plenário, pode ser conferida na íntegra pelo canal do YouTube da Câmara


*texto da estagiária Thais Cal sob a supervisão de Mônica Bernardi