Paralisação e Greve da Educação em pauta na Tribuna Livre

por Assessoria de Comunicação publicado 18/05/2022 16h45, última modificação 19/05/2022 10h41

No uso da Tribuna Livre, durante a reunião Ordinária da terça-feira (17), o representante do Sinpro Minas (Sindicato dos Professores de Minas Gerais), Idelmino Ronivon, ex-Vereador da Casa Legislativa, veio a público dizer sobre a paralisação prevista para a próxima terça-feira, dia 24, na rede privada de educação de Viçosa, que se estende por Minas Gerais. Segundo Idelmino, "a decisão foi tomada dia 14, em Belo Horizonte, em resposta ao Sindicato Patronal (Sindicato dos Donos de Escola), que planejam não fazer a recomposição do salário dos profissionais de acordo com a inflação acumulada, além de também planejar retirar direitos históricos da nossa categoria que estão na nossa Convenção Coletiva de Trabalho".

Para reforçar a necessidade da greve, Idelmino apresentou outros argumentos e ressaltou os dados inflacionários dos últimos anos “nós tivemos uma inflação recorde, principalmente agora em 2022. A inflação acumulada em 2020/2021/2022 é de 23%, ou seja, os professores e professoras perderam seu poder de compra em 23% ”, reforçou o professor. Por fim, Idelmino convidou os presentes a participarem da assembleia no dia 24, para reivindicar esses direitos. 

Ainda na Tribuna Livre, Mariana de Souza, professora e supervisora na rede municipal de ensino, expôs a indignação da classe com o Poder Executivo, por causa da negociação do reajuste salarial dos professores. Segundo Mariana, houveram diversas propostas não embasadas por parte do Secretário Municipal de Finanças (Luís Costa Lopes da Silva) para o Sind-UTE (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais), órgão que representa os trabalhadores.

A professora aproveitou para tornar pública a atual situação das escolas do Município, em que os servidores levam seu próprio pó de café, papel higiênico e até mesmo giz para dar as aulas. E reforçou dizendo “dois anos de pandemia e nós não tivemos praticamente nenhuma melhora estrutural em nossas escolas, houveram alguns reparos mas estamos vivenciando uma novela. Quando se inicia uma obra, ou quando necessita de algo,  sentimos que estamos abandonados”. 

Os parlamentares se solidarizaram com a situação exposta pelos professores, e o Vereador Daniel Cabral (PCdoB) reforçou, “greve é um direito, previsto na constituição que assegura que possamos recorrer ao que nos devia ser entregue livremente”. 


*texto da estagiária Thais Cal sob supervisão de Mônica Bernardi