Situação dos Postos de Saúde voltam a pauta de discussão dos Vereadores

por Assessoria de Comunicação publicado 24/08/2022 15h05, última modificação 24/08/2022 16h02

Durante a reunião Ordinária da terça-feira (23), realizada no Plenário da Casa Legislativa, os parlamentares fizeram menção à situação dos Postos de Saúde da Família (PSFs) e Unidades Básicas de Saúde (UBSs) presentes nos bairros do Município, destacando, principalmente, a ausência de médicos disponíveis e a falta de materiais.

O Vereador Rafael Magalhães (Filho do Zeca do Bar) (PSDB), Vice-Presidente da Câmara, foi o primeiro a fazer uso da Palavra Livre e mencionou a unidade do Bom Jesus. Ele relatou que foi questionado por moradores do bairro sobre a falta de médicos no local e, por isso, foi procurar o Secretário Municipal de Saúde, Rainério Rodrigues. “Ele (Rainério) me mostrou que não estava faltando nenhum, portanto tem dois médicos atendendo direto no PSF do Bom Jesus”, afirmou o parlamentar, agradecendo ao secretário.

Ao comentar a fala do colega, o Presidente da Câmara, Vereador Edenilson Oliveira (PSD), aproveitou para salientar a situação do Distrito de Cachoeira de Santa Cruz (Cachoeirinha), que também sofre com essa questão. “Eu entrei em contato com Rainério e tem projeto preparado para vir para essa Casa propondo um aumento do salário, para ver se consegue atrair esses profissionais. Cachoeirinha tem atendimento três vezes por semana, mas não está conseguindo atender a um terço da demanda da comunidade. Então, estamos trabalhando junto com o Poder Executivo, buscando solucionar esse problema de todos os PSFs”, disse o presidente.

Já o Vereador Sérgio Marota (PL), Presidente da Comissão de Saúde e Assistência Social, em seu tempo de fala, citou a visita que realizou ao PSF do bairro Nova Era, conversando com a gerente da unidade e os enfermeiros locais, e afirmou ter encontrado uma realidade 'frustrante'. “Diferentemente do Vereador Rafael, infelizmente, tive uma decepção lá. Tem 10 dias que o bairro está sem médico. O trabalho é apertado, tem mais de 5 mil usuários naquele PSF e os bairros Inácio Martins e João Mariano são todos atendidos por aqueles guerreiros do PSF do Nova Era”, declarou. Segundo ele, a situação esbarra “no mesmo problema, que é a falta de médico, pois não tem médico pra contratar com o valor de salário que tem hoje. Estamos passando por essa carência”, comentou Sérgio, que aproveitou para pedir aos demais parlamentares que indicassem profissionais de medicina disponíveis, caso conheçam, numa força tarefa conjunta pela população.

Por fim, a Vereadora Jamille Gomes (PT) comentou sobre a Indicação nº 490/2022, proposição de sua autoria que solicita melhorias na Unidade Básica de Saúde do Bairro Santa Clara. A parlamentar afirmou que visitou a UBS, na semana passada, e escutou algumas demandas preocupantes. “Houve uma reivindicação dos próprios funcionários que tem faltado itens básicos para o funcionamento da Unidade. Não tem fita para fazer curativo. Se não tem uma estrutura básica, os materiais e os insumos necessários, a pessoa vai para onde?! Para o hospital. E aí, a gente vem aqui nessa Casa reclamar da demora do atendimento dos hospitais porque a atenção primária não está funcionando”, reforçou a vereadora.

Também foi apresentada e aprovada, durante a sessão, a Indicação nº 492/2022, encaminhada pelo Vereador Cristiano Gonçalves (Moto Link) (Solidariedade), solicitando ao Executivo o restabelecimento do fornecimento de assistência domiciliar, medicamentos, equipamentos e insumos para pessoas com necessidades motoras, idosos e pacientes crônicos, por parte das Unidades Básicas de Saúde do Município.

SAMU em Viçosa

Ainda no Pequeno Expediente da reunião Ordinária, o Vereador Sérgio Marota pediu sua reinscrição para ler uma correspondência enviada pelo Cisdeste (Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Sudeste), informando sobre o início das atividades da base descentralizada do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) 192 – esse ponto foi cobrado pelos vereadores na reunião Ordinária da semana passada. Na carta, eles afirmam que o atraso para a operação da rede foi em virtude de uma “falta de compromisso” do sistema de telefonia da Oi, que ainda não fez a alteração necessária. Portanto, a partir do dia 31 de agosto a base estará disponível para atender os serviços de urgência e emergência da população.

*texto do estagiário Abraão Filipe Oliveira sob a supervisão de Mônica Bernardi