Estradas Rurais ganham destaque na fala dos Vereadores

por Assessoria de Comunicação publicado 15/12/2022 10h55, última modificação 16/12/2022 07h50

Novamente, as estradas rurais foram motivo de preocupação e indignação na fala dos vereadores, que usaram seu tempo regimental na reunião Ordinária da terça-feira (13) para expor as consequências que a falta de planejamento traz aos moradores da Zonas Rural. Uma questão recorrente pontuada pelos parlamentares foi ‘’nós reivindicamos há meses demandas trazidas pela população, fazemos indicações, promovemos audiência pública e não somos atendidos pelo Executivo’’.

Dando início ao tema, a Vereadora Jamille Gomes (PT) disse que visitou a Escola Municipal Professor Paulo Mário Del Giúdice, que fica na Colônia Vaz de Melo, salientando que, segundo a diretora, a frequência escolar dos alunos diminuiu em 70% durante o período de chuvas pelo fato das estradas não estarem em condições mínimas para o transporte escolar passar. ‘’Nós temos reivindicado, em todas as reuniões, a questão das estradas rurais. Ao mesmo tempo que eu exponho aqui, eu também converso com o secretário, que, muitas vezes, não me responde com exatidão quando serão arrumadas as estradas que solicitamos, sendo, uma delas, o Córrego da Onça, que há meses reivindicamos a melhoria do local. Imagina a angústia de uma mãe que não sabe se terá transporte para seu filho ir estudar, imagina os idosos e pessoas que precisam transitar e não conseguem porque o reparo não foi feito’’, afirmou Jamille, completando com a informação de que muitos moradores desta área reclamam que não são atendidos.

Corroborando com a fala, o Vereador Marco Cardoso (Marcão Paraíso) (PSDB) destacou ‘’se o Executivo não está executando, já passou da hora desta Casa tomar providências. A administração pública precisa compreender que nós, vereadores, estamos aqui reivindicando o que a população de Viçosa nos procura para solicitar’’. O parlamentar ainda expôs imagens que mostram a Rua Maria das Dores Gonçalves, no Silvestre, tomada por barro e completou ‘’o que recebemos, todos os dias, é ‘ não consigo sair de casa, o carro não passa, o transporte coletivo não passa’. Espero que em 2023 o Executivo possa acordar, pois já vão fazer 24 meses de gestão e poucas secretarias municipais têm trabalhado’’, finalizou.

Em sequência ao assunto, o Vereador Marcos Fialho (sem partido), relembrou que ‘’a Prefeitura de Viçosa fez um compromisso (em 2022), fazer um ano diferente de 2021’’, lamentando que o início do período de chuvas deste ano já tenha chegado e as melhorias prometidas não tenham sido realizadas ‘’era extremamente necessário que o planejamento tivesse iniciado em março deste ano, e não agora nesse momento’’, afirmou Marcos. Adiante, o parlamentar apresentou um gráfico de previsão de chuvas para reforçar que todo profissional deve trabalhar com planejamento, colocando em pauta a questão dos produtores rurais da comunidade de Santa Tereza ‘’é preciso entender que não é o vereador que está pedindo, é o produtor que fez seu investimento. Nessa região tem quatro granjas de frango, onde foi feito um investimento de 4 milhões de reais’’. Dentro disso, ele apresentou vídeos que expõem áreas de risco, noticiando que muitas empresas se recusaram a levar seus caminhões para passarem pelo local devido aos prejuízos nos veículos.

Na oportunidade, a Vereadora Vanja Honorina (PSD) comentou sobre as consequências negativas das estradas com difícil acesso e exemplificou com o caso de um produtor de leite, também da comunidade de Santa Tereza, que está cogitando vender seu gado por não conseguir levar seu produto até a cidade para ser comercializado.

Posteriormente, o Vereador Robson Souza (Cidadania) salientou que esteve em contato com o Secretário de Agropecuária e Desenvolvimento Rural, Geraldo Deusdedit, ex-Vereador que o informou quais seriam as prioridades da secretaria. Uma delas, segundo ele, seria a comunidade próxima a São José do Triunfo, onde o parlamentar expôs o antes e depois, destacando ‘’agora a área já está apta, garantindo o direito de ir e vir’’. No que tange à comunidade de Santa Tereza, exposta anteriormente pelo colega Marcos Fialho, Robson afirmou que a previsão, segundo o secretário, é de que ‘’até no final de semana estar concluindo aqueles trechos que estão trazendo esses prejuízos aos produtores rurais’’, disse.

Ainda dentro do tema, o Vereador Rogério Fontes (Tistu) (sem partido) lamentou ‘’o que nos resta agora é denunciar ao Ministério Público, para intervir junto ao Judiciário, quem sabe assim as obras começam a sair. Reforçando, novamente, sobre as obras não realizadas antes do período chuvoso, o parlamentar afirmou ‘’estarei protocolando uma Representação a respeito de todas as obras que foram catalogadas pela Defesa Civil e a administração não fez nada’’, citando inúmeras ruas que necessitam, há meses, de obras emergenciais com risco iminente de desabamento.

Retomando a fala do Vereador Robson, a partir da previsão dada pelo secretário de Agropecuária, o Vereador Sérgio Marota (PL), afirmou que ‘’isso foi prometido para julho, agosto, setembro, e o pessoal não aguenta mais esperar’’. Prestando sua indignação, o parlamentar comunicou sobre o seguinte acontecimento ‘’uma senhora estava com febre e me ligou para ir até lá tirar o carro dela e levá-la até o hospital. A frase que falaram comigo hoje foi ‘prometer e não fazer, vocês estão sem credibilidade nenhuma, ninguém é obrigado a prometer nada, mas assim que promete é obrigado a cumprir’ ‘’, lamentando que ‘’as promessas feitas pelas secretarias não são cumpridas e acaba sobrando para nós, vereadores, que não temos essa função. Nós fiscalizamos, indicamos, mas não temos poder de execução’’, concluiu Sérgio.

Por fim, o Vereador Gilberto Brandão (Avante) iniciou sua fala na Palavra Livre afirmando que ''acho que hoje todos nós viemos até aqui para falar sobre a situação de ruas precárias da nossa cidade. É lamentável ver o povo sofrendo por descaso''. O parlamentar também apresentou imagens que demonstram as condições de diversas localidades do Município, incluindo a Zona Rural, fazendo, novamente, cobranças ao Executivo, que atenda às demandas da população.

*texto da estagiária Ana Clara Marques sob a supervisão de Mônica Bernardi