Reajuste salarial de 4,17% para servidores efetivos é aprovado na Câmara
Na reunião ordinária da última segunda-feira (14), os vereadores aprovaram, em definitivo, o Projeto de Lei nº 76/2025, de autoria do prefeito Ângelo Chequer. A proposta prevê o reajuste de 4,17% nos vencimentos base dos servidores efetivos da Administração Pública Direta do município, com efeitos financeiros a partir de 1º de julho de 2025.
O percentual de reajuste, segundo o texto do projeto, corresponde à recomposição salarial e se aplica aos servidores vinculados à Administração Direta, ao Instituto Municipal de Assistência aos Servidores (IMAS), ao Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), a comissões e ao Conselho Tutelar. Estão excluídos do reajuste os servidores do Magistério e os vinculados ao Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Município de Viçosa (IPREVI), cujos vencimentos já tiveram reajustes esse ano por legislações específicas.
Durante a discussão do projeto, vereadores manifestaram críticas quanto ao percentual proposto, considerado insuficiente para repor as perdas inflacionárias, e à forma de tramitação da matéria, que chegou à Casa sem todos os documentos exigidos. Também houve questionamentos sobre o fato de o reajuste não ter efeito retroativo.
O vereador Professor Idelmino (PCdoB) afirmou que a proposta “infelizmente não atende o que seria o ideal para os servidores”. Ele alertou que a defasagem acumulada dos salários da categoria gira em torno de 16% e defendeu a construção de uma política permanente de valorização.
Jamille Gomes (PT) compartilhou da mesma opinião e reforçou a necessidade de retomar o diálogo com os servidores: “Sabemos que não é o ideal, não é o que os servidores merecem. Mas vale a pena, a partir de agora, abrir uma nova mesa de negociação para buscar avanços”.
Já o vereador Marco Cardoso (PRD) relatou ter sido procurado por servidores tanto favoráveis quanto contrários ao reajuste. “A maioria se manifestou a favor. Sabemos que não é o valor que eles precisam, mas é necessário manter o diálogo. No momento oportuno, vamos discutir uma política mais ampla”, declarou.
O vereador Dr. Omar (UNIÃO) optou pela abstenção, apontando falhas na tramitação: “O projeto chegou com documentação incompleta, o que compromete a análise adequada da matéria”.
A proposta foi aprovada sem emendas e segue agora para sanção do prefeito.
Foto: Divulgação/Câmara de Viçosa