Estudantes de Viçosa vivenciam Parlamento Jovem na ALMG
Mais de 20 estudantes do Ensino Médio de diversas escolas de Viçosa puderam conhecer a estrutura e o funcionamento da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Eles se juntaram a centenas de outros jovens de todas as regiões de Minas para acompanhar a Plenária Estadual do Parlamento Jovem.
A 21ª edição do programa, desenvolvido pela ALMG em parceria com câmaras municipais e com o apoio da PUC Minas, teve como tema “Juventude e Direitos Culturais”. Reunidos no Plenário da Assembleia, cerca de 150 estudantes, representando 149 municípios, aprovaram o documento final com 12 propostas priorizadas. O PJ Minas é uma das maiores iniciativas de participação legislativa jovem do País, contribuindo para o conhecimento acerca da organização dos Poderes e da importância da participação popular.
A etapa estadual, em Belo Horizonte, teve início na quarta (17), com atividades de entrosamento dos participantes. Na quinta (18), grupos de trabalho filtraram as dezenas de sugestões apresentadas nas fases municipais e regionais e definiram as 18 propostas votadas na plenária final.
O estudante Raul de Freitas Teixeira foi um dos representantes do Polo Zona da Mata Norte. Ele e outros seis colegas da região defenderam as propostas aprovadas em Ubá no dia 8 de agosto. “Adorei participar, foi uma experiência incrível poder estar ali, discutindo ideias com estudantes de todo o estado. [...] Aprendi muito sobre colaboração, diálogo e como transformar sugestões em ações concretas. É motivador perceber que nossa voz realmente pode influenciar decisões”, contou o estudante da Escola Estadual Dr. Raimundo Alves Torres.
Para a coordenadora pedagógica da Escola do Legislativo de Viçosa, Patrícia Oliveira Fontes, experiências como essa estimulam o pensamento crítico, a capacidade de argumentação e a compreensão de que a participação ativa na sociedade começa ainda na escola.
O QUE QUEREM OS JOVENS MINEIROS
A proposta mais votada pelos participantes foi a que prevê a implantação de centros culturais comunitários com a disponibilização de oficinas e outras manifestações artísticas coordenadas por jovens, com a prioridade para municípios com menos opções de cultura.
Outras sugestões relacionadas ao subtema “A juventude e a cultura como direito” versam sobre a reativação de espaços públicos subutilizados para fins culturais, o fomento a programa que incentive a cultura jovem nas praças e a realização anual de um festival cultural regional.
Sobre o subtema “A organização das políticas culturais e a participação social”, a proposta mais popular foi a de criação de uma plataforma gratuita, pelo Governo do Estado, de divulgação e avaliação de eventos culturais.
Também foram priorizadas a destinação de ao menos 10% dos recursos do Fundo Estadual de Cultura para editais de projetos realizados por jovens, a garantia de no mínimo 20% das vagas dos conselhos municipais e estadual de cultura para pessoas dessa faixa etária e a instituição de um fórum para formulação de políticas do setor.
Por fim, os estudantes aprovaram demandas como a valorização da cultura afro-brasileira e indígena em eventos do calendário escolar e a oferta de espaços de expressão e criatividade para jovens neurodivergentes, com deficiência ou em situação de vulnerabilidade.
Ainda no subtema “Patrimônio cultural, desenvolvimento e cidadania”, foram endossadas as propostas de criação de plataforma digital para preservação e divulgação dos patrimônios culturais mineiros e de uma competição municipal destinada a promover o patrimônio histórico-cultural nas escolas.
Foto: Divulgação/Câmara de Viçosa